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Teorias da Conspiração – o que há de fato por detrás delas?

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Teorias da Conspiração – o que há de fato por detrás delas?

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Qual sua teoria da conspiração favorita? A de que Paul McCartney morreu e foi substituído ainda no auge da carreira dos Beatles? A de que vacinas são formas do governo limitar a inteligência da população? O homem…

Teorias da Conspiração – o que há de fato por detrás delas?

Qual sua teoria da conspiração favorita? A de que Paul McCartney morreu e foi substituído ainda no auge da carreira dos Beatles? A de que vacinas são formas do governo limitar a inteligência da população? O homem não chegou à Lua? A identidade de Jack, o Estripador? São muitas as teorias da conspiração, e em listar todas há canseira e enfado. Bem, na verdade, é bastante divertido, estou me segurando.

O que é uma teoria da conspiração? Basicamente, estamos falando daquelas situações em que há a ideia de que, por trás da versão oficial da algo, temos fatos inexplicados, e estes podem estar sendo intencionalmente ocultos da população. Seriam as próprias teorias da conspiração engendradas pelos poderosos para manter-nos desatentos ao que realmente se passa por detrás dos panos? E quais as verdadeiras razões por detrás deste texto? O que o autor quer de você?

A indústria da teoria da conspiração já produziu inúmeros livros, seriados (Arquivo X, entre outros), filmes e alimenta infinitos sites na grande rede mundial. Há as teorias esportivas e, você, investigativo leitor, por certo já recebeu mensagens de e-mail com denúncias sobre o que aconteceu de verdade na Copa de 1998, ou na de 2006, ou na de 2010, ou na de 2014. Basicamente, toda vez que o Brasil perde, há uma teoria nefasta por trás.

Há ainda toda uma classe de teorias da conspiração ligada a OVNIs, é claro. Desde os mistérios da Área 51 e o caso Roswell, movendo-se pelo Triângulo das Bermudas, e desembocando no ET de Varginha. Além dos seres extraterrestes, há teorias sobre seres terrestres mesmo, e misteriosamente arredios ao contato humano. Qual é a verdade sobre o monstro do Lago Ness, o Pé Grande, o Abominável Homem das Neves, o Gato Maltês do Planalto Central e assim por diante? O quanto os governos sabem e não estão dizendo? Nem entramos ainda nas possibilidades de civilizações perdidas como Atlântida, as teorias sobre as pirâmides do Egito, Stonehenge, as Linhas de Nazca e muito, muito mais.

Há as teorias sobre o que realmente aconteceu na morte de políticos famosos, como John Kennedy. Será que alguém acredita na versão oficial de um único atirador? Há conspirações a respeito de Abraham Lincoln também. Mas há ainda teorias da conspiração sobre políticos brasileiros como Juscelino Kubistchek e seu acidente na via Dutra. Outros eventos recentes como o 11 de Setembro são cercados de teorias e a sensação incômoda de que não estão nos contando tudo.

Há eventos misteriosos ainda não explicados e muitos suspeitam que os governos estão escondendo a verdade. Procure ler sobre o evento de Tunguska, o homem de Taured, o Manuscrito Voynich, o Incidente do Passo Dyatlov e até sobre o mistério da pedra da Gávea!(Mistério tratado brevemente no clássico filme Os Trapalhões na Terra dos Monstros.) Não leia sobre Dyatlov perto da hora de dormir. Melhor, esqueça que eu mencionei. Sério. Eu preferia não saber.

Há até teorias tentando provar que temos evidências fotográficas de viajantes temporais entre nós. Supostamente mostrando pessoas com smartphones em fotos de décadas passadas e coisa assim.

É claro que há inúmeras razões pelas quais pessoas seguem teorias da conspiração, e existem livros inteiros lidando com as causas do amor conspiratório. Uma razão é, bem, por ser um tanto divertido investigar essas coisas. Certa feita, junto a um grupo de 10 amigos, debatemos por mais de uma hora a teoria de que a chegada do homem à Lua fora uma farsa, enquanto comíamos frondosamente num restaurante mexicano. Um dos pastores presente, que ficará anônimo, jurava de pé junto e apresentava argumentos tentando provar. E comemos muita tortilla com salsa enquanto nos divertíamos no papo. Razões são legião, mas proponho aqui uma rápida abordagem teológica.

O que há realmente por detrás dessas teorias? Sugiro aqui uma metateoria da conspiração. Uma teoria que explique as teorias, teologicamente. Quero tentar entender as razões do amor humano pela teoria da conspiração, e penso que envolvem elementos de como fomos criados, distorções introduzidas pela queda, e a expectativa de redenção.

Razões criacionais: seres que sabem que o mundo é mais que aparenta

Todos nós somos feitos à imagem de Deus. Até aquele teu vizinho insuportável, sim, e mesmo o pior dos criminosos. Isso significa que fomos marcados por Deus de maneira permanente, e funcionamos no mundo de Deus com corpos e mentes dadas por Deus. E Ele nos fez de forma que mantivéssemos um tipo de conhecimento inato acerca dele, algo indelével no ser humano. Calvino deu um nome bonito para isso: sensus divinitatis – o senso do divino, ou da divindade. O ser humano sabe que há algo que vai além desse mundo. Todos nós temos o entendimento tácito de que a realidade vai além do que vemos com nossos próprios olhos, sabemos que há algo por trás da grande história, ainda que nos recusemos a aceitar qual é a verdadeira história. Sabemos que somos valiosos, ainda que neguemos a real fonte desse valor.

Um dos versículos mais impressionantes do livro de Eclesiastes é o que diz que Deus colocou Eternidade no coração humano (3.11). Salomão passa o livro refletindo sobre a beleza e, ao mesmo tempo, sobre a fugacidade e insatisfação do mundo. E ele discorre, dentre outras coisas, acerca da busca humana por algo que vá além de sua experiência corriqueira e cotidiana. E a explicação é essa: Deus colocou a eternidade no coração do homem. Todo ser humano, em algum recanto de seu coração, sabe que o mundo vai além desta fugaz realidade. O ponto é, sabemos que o mundo vai além do que nossos olhos veem, que há algo por detrás das coisas. Penso que as teorias da conspiração sejam uma forma de dar vazão a essa sensação difícil de explicar – quando alguém nos oferece uma interpretação de eventos que vai além do que meramente é visto pelos olhos, naturalmente somos atiçados em nosso senso de eternidade e nos sentimos conhecedores de algo mais amplo.

Carl Trueman fala sobre esse apelo estético das teorias da conspiração: gostamos de pensar que fazemos parte de um grupo importante na escala maior das coisas. Se há conspirações governamentais tentando nos manter no escuro, então significa que o mundo é mais perigoso, interessante e misterioso do que imagina a nossa vã filosofia. E mais, somos nós mesmos de alguma forma perigosos, pois precisamos ser mantidos em cheque. É bem humilhante quando um poderoso diz que não tem problema você saber dos seus planos, pois é incapaz de fazer algo a respeito. Teorias da conspiração reafirmam nosso valor humano criacional.

Quando olhamos para o avançar da história, os reinos que se erguem e caem, os poderosos que vão como pó, as grandes conquistas que logo vão sendo esquecidas, temos uma espécie de conforto em imaginar que não é tudo um grande acaso. É claro, a real história é que há um Deus criador e soberano que guia cada evento da história. Mas, mesmo sem estar pronta a se dobrar a esse Deus eterno, a pessoa pode descansar numa imitação de um controle externo atribuindo aos Illuminati, por exemplo, os eventos importantes da história. Sabemos que há alguém por detrás dos panos, e as teorias da conspiração confirmam isso.

Razões ligadas à Queda – A certeza do mal por detrás das coisas.

Pensemos agora em razões ligadas à Queda que nos levam a amar teorias da conspiração. Todos nós somos humanos caídos e sabemos muito bem o que é o pecado e o que é a malandragem humana. Nossos motivos raramente são puros, se é que em algum momento o são. A vovozinha passa horas sacrificando suas costas e mãos idosas para fazer um bolo delicioso para os netos. Que lindo! Há bons motivos, é claro. Mas lá no coração, órgão enganoso e traiçoeiro, pode habitar aquele orgulhozinho ferino de ser a melhor boleira da família, ou o desejo de validar seu valor por meio dos elogios. Nossos motivos dificilmente são puros.

William Cowper, um dos grandes escritores de hinos de todos os tempos, era profundamente consciente e dolorosamente atento a como seu pecado aflorava em lugares inesperados. Uma de suas letras ilustra bem esse princípio:

“Meu Deus quão perfeitos são seus caminhos
Mas os meus são poluídos
O pecado se enroscada na minha adoração
E escorre para dentro de minhas orações”
(The Lord Forever Mine, procure a linda versão musical feita pelo pessoal do Red Mountain Music)

Sabemos do que ele está falando, não é? Por vezes, até na santa hora da oração, nos pegamos com pensamentos terríveis; o pecado escorre para dentro da oração. Às vezes estamos adorando, seja cantando, seja ouvindo um sermão, e nossas mentes pensam coisas absurdamente impróprias. O pecado se enrosca até mesmo na nossa adoração.

E não é apenas o cristão que tem o senso de que motivos escusos aparecem em todo canto. O descrente sabe, pois ainda tem consciência que há mais por detrás do que ele diz e faz. Há razões ocultas que ele vai manter escondidas de toda a humanidade. Ora, sabemos que conosco é assim. Penso que, à luz disso, transferimos para outros essa ideia de que sempre há motivos escusos, e assim tentamos fazer sentido de coisas que nos intrigam, intimidam ou meramente entristecem. Fazemos isso no cotidiano, quando ficamos tentando imaginar se há alguma intenção maldosa naquele comentário que o amigo postou no Facebook. Fazemos isso com as coisas maiores, quando tentamos culpar a Nike pela derrota do Brasil contra a França em 1998. Queremos ver a maldade por detrás das coisas, os motivos ocultos. Temos um autoconhecimento experiencial interessante nesse aspecto, pois, novamente, sabemos que nossos motivos não são puros.

Além disso, queremos fazer sentido em nossas mentes do mal que há no mundo. É tanta desgraça sendo noticiada diuturnamente: estupros, assassinatos, catástrofes, corrupção, genocídios. É bastante assustadora a ideia de que toda essa maldade é sem sentido e direção, de que vivemos num mundo levado pelo mal como um barquinho à deriva no Triângulo das Bermudas. O ponto teológico é o seguinte: há, sim, uma razão por detrás de toda a maldade do mundo. Há a rebelião moral contra Deus em pecado que permeia toda a realidade desse universo. O pecado quebrou o mundo. Há uma teoria que unifica todo o mal. Mas, para o coração rebelde, é melhor, mais seguro e instigante acreditar que a razão para tantos males sejam os poderosos arquitetos da nova ordem mundial ou, quem sabe, os intraterrestes tentando manter a população humana limitada a menos de 8 bilhões. Ou algo assim.

Mais ainda: somos seres interpretativos e tentamos estabelecer ordem sobre o que vemos. Deus nos fez para pensar o mundo após Ele, para interpretar de acordo com a realidade, entendendo as coisas como elas são. Mas nossas próprias mentes foram afetadas na queda. Nossa cosmovisão, ou seja, as lentes pelas quais enxergamos o mundo, são coloridas por inúmeros fatores. Nossa família, cultura, a criação que recebemos, nossa educação formal e informal, e assim por diante, são fatores que colorem nossa percepção da realidade. Assim, ao olharmos o mundo, acabamos filtrando certos elementos que não cabem na nossa cosmovisão. O descrente olha para esse mundo e diz que Deus não existe. Eu, por outro lado, olho e vejo evidência clara da existência de Deus em todas as coisas. O que muda é o coração e sua influência sobre a cosmovisão.

Parte disso é nossa hermenêutica seletiva; o fato de que interpretamos coisas de acordo com nossos pressupostos, torcendo fatos para caberem em nossa interpretação. Isso se mostra facilmente em quantas vezes ficamos ofendidos com coisas que achamos que as pessoas disseram, principalmente se for alguém que você já pensa não gostar de você. Ou como nos iludimos acerca do amor de uma moça, quando ela só te vê como amigo. Ou, ainda, quando você fica desconfiado que aquela decisão dos líderes da igreja tem intenções ocultas. Distorcemos qualquer palavra e atitude de acordo com nossa interpretação. Assim também é com as outras coisas da vida, e tentamos forçar padrões e explicações onde não existem. Lembro-me, por exemplo, de uma estranha conversa na praça do Cruzeiro em Brasília, no ano 2000, com amigos da mocidade da igreja. Era época das Olimpíadas de Sidney, e os jogos varavam a madrugada. Numa dessas, a turma foi papear lanchado, e o assunto virou para os principais atletas dos jogos: estavam todos impressionados com o nadador australiano Ian Thorpe, um dos melhores atletas do mundo. Mas um de nós estava desconfiado. “Tem algo errado aí. Logo nos jogos na Austrália aparece um australiano com pé gigantesco e ganhando tudo? Não, não. Estão escondendo alguma coisa. Está muito estranha, essa história.”

Não importa quão irracional seja, forçamos interpretações sobre os fatos. E assim vamos. Quando algo não se encaixa na nossa grid interpretativa, tentamos explicar sua existência de acordo com o que pensamos ser real: o que nossa rede não pega, dizemos que não é peixe. A queda nos faz querer explicar o mundo por meio de teorias que imprimam ordem nas fraturas da nossa existência.

Redenção e o anseio por colocar ordem no mundo

Todos nós temos alguns anseios básicos comuns a todo ser humano. Um destes é o anseio por algo superior. Como Tim Keller nos explica, falando acerca da visão de Tolkien, as histórias fantásticas desse mundo costumam envolver todos, ou alguns, dos seguintes elementos:

Investigar as profundezas do espaço e do tempo;
Escapar dos confins do tempo e da morte;
Ter comunhão com seres que sejam além de humanos;
Encontrar amor perfeito que cure perfeitamente, e do qual nunca nos apartemos;
Triunfar sobre o mal de maneira complete e cabal.
Por que temos esses anseios, os quais transbordam nas músicas, nas lendas, filmes e outros produtos culturais? Pois fomos feitos para ter todas essas coisas. Fomos criados para explorar esse mundo eternamente em nome de Deus como suas criaturas; para viver eternamente sem morte. Ter comunhão com o próprio Deus, vivendo no ambiente do amor dele e sem presença do mal. Nossas histórias são adaptações da grande história que envolve todas as histórias. Como alguns autores já notaram com grande propriedade, boa parte das histórias de fantasia envolvem matar o dragão e resgatar a princesa. Ora, não é isso que nosso Senhor Jesus faz? A obra de Cristo (a vida perfeita, a morte na cruz e a ressurreição ao terceiro dia) derrota a grande serpente e resgata uma noiva para si. Essa é a história arquetípica.

Temos a eternidade no coração e sabemos que para haver triunfo sobre a morte é necessário haver sacrifício. Isso transborda nos mitos que criamos, nas nossas próprias histórias de redenção – nossos evangelhos alternativos. Mas vai além disso. Isso se mostra em nossas canções de amor, na história da filosofia e da ciência e passa por nossos mitos conspiratórios. Muitas vezes o anseio de dar vazão a essas expectativas criacionais-redentivas desembocam em teorias diversas tentando explicar os mistérios desse mundo à parte da verdadeira história.

As teorias da conspiração, de certa forma, mimetizam aspectos da verdadeira história; oferecem uma história alternativa na qual o mundo faça mais sentido, ou fazem um recorte e tentam elevar partes do todo à categoria de explicação final. Apontam para seres além de humanos, tentam lidar com o mal, sua origem e seu fim.

O homem busca deixar o mundo melhor, ainda que o faça autonomamente. Esses anseios envolvem o desejo de ver esse mundo ser melhor do que é. Isso é o que alguns teólogos chamam de o homem ser ativamente redentivo. (Wadislau Martins Gomes, seguindo Cornelius Van Til). Com isso, não dizemos que o homem está naturalmente buscando a redenção do modo correto, pelos meios bíblicos, mas que o homem, por ter o senso do divino e a eternidade em seu coração, e por perceber como esse mundo é quebrado, tenta ser lei para si mesmo e cria um falso evangelho que resolva os problemas do mundo, ainda que de maneira auto-centrada e simplista. E é bom para o ansioso coração caído ver teorias que sugerem a unificação dos problemas e com isso vislumbrar melhor possibilidade de resolução deles. Ora, se o problema do mundo é o Priorado de Sião ou a Sociedade Caveira e Ossos, há um caminho mais óbvio para resolver a situação. Se, no final das contas, nosso bem-estar depende apenas de derrubar, ou mesmo meramente expor a verdade sobre eles, então há caminhos palpáveis e relativamente fáceis para se melhorar o mundo. Mas a visão bíblica é de um mundo numa situação muito pior que a que qualquer teoria da conspiração pode sugerir. É um mundo que jaz no maligno, quebrado pela rebelião universal moral contra o Deus bom. E a solução é mais profunda e poderosa: a morte do próprio filho de Deus em favor de seu povo.

Além disso, uma razão do amor por teorias que expliquem os mistérios é justamente pois temos o anseio por uma metanarrativa, a história das histórias, que sirva de unificador a tudo, dando sentido completo. A Bíblia tem uma metanarrativa muito clara: a criação-queda-redenção-consumação. Mas o homem natural, ou seja, sem passar pela regeneração espiritual, não aceita a revelação de Deus. Essa dinâmica é explicada em Romanos 1.18-32. Ali, Paulo ensina que o conhecimento de Deus é evidente em todas as coisas que foram criadas, mas o descrente não quer saber disso. Ele detém a verdade pela injustiça e se recusa a reconhecer a existência de Deus, a adorá-lo e agradecê-lo. Assim, ele cria histórias, modelos alternativos, para tentar explicar o mundo a seu redor. Esses modelos são parecidos o suficiente coma história verdadeira para serem plausíveis, e distorcidos o suficiente na tentativa de abafar a verdade.

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O ser humano é complicado e cheio de nuance. Ao mesmo tempo em que vive no mundo de Deus, sendo ele imagem de Deus, nega a verdade sobre esse Deus. Sabemos que o mundo é mais complexo que as aparências mostram. Estamos certos nisso. Mas quão mais felizes seríamos se entendêssemos a verdade que está lá fora. A verdade que também é caminho, que também é a vida. O poder verdadeiro que, sim, guia todas as coisas de acordo com um plano de bastidores. Mas não um plano sombrio; ao contrário, um plano glorioso de fazer novas todas as coisas.

Fonte: Reforma 21

Divulgação: Eismeaqui.com.br

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